Quem tem filho sempre precisa lembrar que no começo do ano existem mais gastos, os com materiais escolares. Confira aqui dicas de como lidar!

Basta virar o ano para que os pais comecem a se preocupar com a lista de material escolar dos filhos.

Diante deste cenário um tanto quanto complicado financeiramente que o mundo todo atravessa, a palavra de ordem é economizar no que for preciso. E isso inclui a lista de material escolar!

Mas como fazer isso se, além da falta de dinheiro, os preços dos itens escolares, conforme previsão, serão reajustados em cerca de 18% neste ano?

Pois saiba que as próprias escolas estão enviando aos pais listas mais enxutas e os aconselhando a usar o material que sobrou no ano passado. Isso porque durante 2020 quase não houve aula presencial, e muito material escolar adquirido no início do ano passado acabou nem sendo usado.

Mas além disso, temos outras dicas. Veja abaixo!

Compras coletivas

Para aqueles materiais escolares cuja compra será imprescindível. a dica é a compra coletiva.

O processo é fácil e simples: basta apenas que um dos pais se responsabilize pela organização da lista de todos os alunos de uma mesma sala e, claro, faça as compras. Depois que a lista foi elaborada, deve-se procurar, de preferência, atacados, cujos preços já são mais baixos.

Comprando em grande quantidade os materiais comuns há boas chances de grandes descontos. Especialistas comentam que a redução dos preços pode chegar a 20% na comparação do valor que se pagaria numa papelaria.

Esta ação, a princípio, ainda, ajuda a evitar aglomerações nas lojas, fundamental para a não disseminação do coronavírus.

Pesquisa de preços

Porém, antes de sair às compras do material escolar é necessária uma boa pesquisa de preços. A internet é um ótimo caminho.  Outra possibilidade é acompanhar as publicações dos Procons e de outras entidades de defesa do consumidor que costumam fazer levantamento de preços.

Caso opte em comprar pela internet, não esqueça de incluir o valor do frete para saber se realmente o item sairá mais barato do que em uma loja física.

Descontos e barganhas

Não tenha vergonha de dar aquela ‘chorada’ nos preços nas lojas ou mesmo nas escolas, principalmente se for pagar à vista. Entretanto, se a compra for parcelada, opte por uma quantidade de parcelas que não inclua juros. Negocie o valor total quando for levar mais de um item em uma loja.

Grupos de troca

Atualmente, no início do ano letivo criam-se grupos de troca de material escolar nas redes sociais. Quem tem livros (em bom estado) coloca o título no grupo. Quem tiver interesse entra em contato e negocia a troca com outro livro.

O custo nesta transação é quase zero. Se as residências entre quem está trocando os livros for longe, o único gasto será com as despesas de Correios ou outro tipo de transporte.

Compra e venda de livros usados

Outra possibilidade de economizar na lista de material escolar é comprar (e vender) os livros usados pelos alunos nos anos letivos anteriores.

Do mesmo modo que os grupos de troca, as redes sociais têm sido utilizadas para este fim.

Basta entrar nestes grupos ou até mesmo nos sites que vendem livros usados e procurar o título do livro, ver as fotos das condições e que ele está e fechar o negócio. Pode-se aproveitar e colocar para a venda os livros que os filhos não usarão mais. Assim, além de comprar mais barato, você poderá pagar as compras com o valor obtido com a venda dos seus livros.

Reaproveitamento de material

Mochilas, lancheiras, estojos, toalhinhas de mão, tabuada, dicionário, avental, tesouras, réguas e cadernos que quase não foram utilizados no ano passado podem (e devem) ser reaproveitados.

Assim como os pais ou responsáveis pelos alunos devem checar se lápis, lápis de cor, caneta, borracha e outros itens têm ainda condições de uso, evitando comprar coisas que já se possua em bom estado.

Com o reaproveitamento se consegue uma boa economia ou, no pelo menos, adiar para os próximos meses a compra de alguns itens, deixando assim o orçamento financeiro mais equilibrado no momento.

Itens não urgentes

Aliás, nem sempre há necessidade de comprar toda a lista de material escolar de imediato. Converse com a escola para saber quais serão utilizados no primeiro semestre e priorize a aquisição deles. Com esta atitude, é possível evitar a elevação dos preços nos meses de janeiro e fevereiro.

Evite marcas e personagens

Se você quiser ficar dentro do valor estimado para as compras do material escolar, evite comprar produtos de personagens e marcas. Costumam ser bem mais caros.

Mas se a criança bater o pé, você pode negociar com ela a compra de um ou dois itens do personagem favorito.

Parcele o mínimo possível e cuidado: o barato sai caro

O passo seguinte é partir para a pesquisa de preços. Veja em algumas lojas físicas e também na internet e anote os valores de cada produto. Antes de pegar o mais barato, analise todo o custo-benefício. Às vezes, um produto que é um pouco mais caro mas com boa qualidade pode durar muito mais do que o mais barato, o que pode gerar mais economia no longo prazo.

Negocie e peça desconto do jeito certo

Antes de fechar as compras, negocie o valor total. Peça desconto do jeito certo e consiga aqueles 10% que a maioria das lojas concede para quem paga à vista. Se você pagar em dinheiro, peça pelo menos o desconto referente ao custo que a loja tem por usar a máquina de cartão de crédito. 

“Se você só conseguir comprar a prazo, faça o mínimo de parcelas possível de acordo com o seu orçamento, pois as parcelas podem se acumular com gastos futuros e gerar um valor de fatura maior do que o seu orçamento atual”, aconselha Camila Siqueira Oliveira, assessora de investimentos e sócia no escritório Ikedo Investimentos.

Reaproveitamento de uniforme

Para não gastar com uniformes (se as aulas presenciais retornarem) pode-se aproveitar o comprado no ano anterior. Mas se a roupa não servir mais na criança, talvez ela possa ser usada por um irmão (ou irmã) mais novo e até mesmo repassá-la para outro aluno da mesma escola.

Há também grupos de trocas de uniformes nas redes sociais. Portanto, veja, então, se na escola que seus filhos estudam foi formado algum grupo e aproveite para trocar, comprar ou vender uniformes usados. Com certeza, fará muito bem para o seu bolso, além de ajudar outros pais e alunos.

Lista não pode conter…

De acordo com os órgãos de defesa do consumidor as escolas não podem incluir na lista de material escolar itens de uso coletivo, produtos de limpeza e higiene, itens administrativos, remédios, copos e talheres descartáveis.  As escolas não podem também marcar lojas ou livrarias para a compra dos materiais. Sobretudo, isso configura venda casada e é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor. As exceções ficam por conta apenas de artigos que não são vendidos no comércio, como apostilas próprias.

Se na lista tiver os itens acima ou for determinado o local para a compra, os pais devem denunciar a escola no Procon de sua cidade.

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