Dívida caduca: veja o que acontece com a dívida após 5 anos de inadimplência. Afinal, a pendência deixa de existir? Vale a pena pagar? Entenda tudo neste guia completo.

Uma das perguntas mais comuns de quem está com problemas financeiros é: quanto tempo leva para caducar uma dívida?

Atualmente, um dos grandes problemas dos brasileiros está relacionado com a dificuldade em realizar uma gestão eficiente das suas contas.

Provavelmente você conhece alguma pessoa do seu círculo familiar ou de amizade que está passando por dificuldades no pagamento de suas dívidas.

De acordo com o levantamento feito em maio de 2020 pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), 66,5% das famílias brasileiras estão com dívidas. Esta pesquisa demonstra uma situação bastante desagradável e que afeta não só o consumidor como toda a sua família.

Para lidar com o problema é preciso de planejamento, organização e, principalmente, conhecimento sobre a situação das finanças pessoais.

Neste artigo, ajudaremos o leitor a aprofundar o seu conhecimento sobre finanças pessoais e regras de mercado, explicando o que significa a expressão “caducar a dívida“, o que é e como funciona a prescrição e também a importância de quitar as pendências financeiras. Quer saber mais? Então continue a leitura e descubra!

Vale a pena pagar dívida caducada? 

Sim, vale a pena pagar uma dívida caduca! Mesmo que isso não melhore sua pontuação de crédito, existem boas razões para considerar pagar: 

  • Pode ajudar a melhorar seu relacionamento com o credor
  • Você pode conseguir descontos significativos ao negociar fora dos tribunais

É importante saber que a dívida ainda existe, mesmo que seu nome não esteja mais nas listas de devedores. O devedor ainda é obrigado a pagar. Por exemplo, se você tem uma dívida com seu banco há mais de cinco anos, seu nome pode estar limpo, mas o banco ainda pode tentar cobrar. 

Como o tempo passa e não se sabe se o credor vai desistir da cobrança, é melhor negociar um acordo para evitar problemas futuros. As instituições geralmente são flexíveis na negociação de dívidas, especialmente quando você demonstra interesse em pagar. Isso pode levar a boas opções de pagamento e ao cancelamento das inscrições em órgãos de restrição de crédito como o SPC e Serasa.

Se você tem uma dívida, considere verificar as opções de negociação para limpar seu nome.

Como renegociar as dívidas pagando mais barato?

Quando conseguir quitar as pendências, sem dúvida alguma, você ficará mais tranquilo. Para reverter esse quadro, é possível negociar as condições de pagamento com o credor e limpar seu nome de uma vez por todas. Com apenas dois passos, já se pode resolver isso:

  1. Analise sua situação atual e faça um planejamento financeiro
  2. Consulte seu CPF e conheça quais são suas dívidas para fazer uma renegociação

Primeiro é necessário realizar uma análise das finanças pessoais. Liste todas as suas dívidas e compare-as com o seu orçamento mensal. Calcule os gastos básicos mensais e corte as despesas supérfluas.

Depois disso, você saberá exatamente o quanto poderá destinar por mês para pagar o que deve. Isso servirá como valor base para a sua negociação. Lembre-se que não adianta assumir uma obrigação financeira que você não terá condições de cumprir.

O passo seguinte é entrar no nosso site visualizar as opções para fazer o acordo certo. Após saber o quanto consegue pagar por mês à instituição, você consegue escolher uma oferta que caiba no seu bolso.

As dívidas só prescrevem se a empresa não fizer a cobrança dela no prazo limite (varia de um a dez anos, dependendo do tipo do gasto). Essa cobrança significa o ingresso com uma demanda judicial. Normalmente, as instituições evitam esse tipo de ação no início, tentando realizar uma cobrança amigável, entretanto, isso não significa que o valor não será cobrado via judicial até o término do prazo.

Como o período é longo, e não se sabe previamente se a instituição desistirá da cobrança, o mais indicado é que o consumidor negocie um acordo, quitando suas despesas e evitando eventuais problemas no futuro.

As instituições costumam ser bastante flexíveis quanto às negociações de dívidas, principalmente nos casos em que o inadimplente demonstra interesse de realizar o pagamento do valor devido.

Isso faz com que o consumidor tenha condições de negociar boas opções de parcelamento, inclusive atreladas ao imediato cancelamento de eventuais inscrições em órgãos como o SPC Serasa. Se você está com um dívida em aberto, venha visualizar as negociações disponíveis, é uma excelente oportunidade para você eliminar a dívida e ficar com o nome limpo na praça.

É importante ressaltar também que o termo caduca é muito usado como sinônimo de prescrição, porém são institutos distintos do direito.

O que significa o termo “caducar” a dívida?

A expressão “caducar” é utilizada popularmente (apesar de não juridicamente) para indicar a passagem de um determinado período de tempo, no qual o CPF da pessoa inadimplente sai dos bancos de restrição de crédito.

As dívidas caducas são aquelas que já têm mais de cinco anos. Depois de passado o prazo de cinco anos, estas dívidas ficam indisponíveis em bancos de restrição de crédito, o que significa que o nome fica “limpo” novamente.

Entretanto, um dos mitos mais comuns envolvendo a dívida caduca diz respeito à obrigação de pagar a dívida. Muito embora sejam retiradas as inscrições em órgãos de restrição de crédito, é importante que o consumidor esteja ciente de que a dívida não deixa de existir, o que se extingue é apenas a inscrição em cadastros de restrição de crédito, ou seja, com o CPF negativado.

Ou seja, mesmo decorrido o prazo de cinco anos, o inadimplente permanece obrigado a cumprir com o pagamento devido com o titular daquela obrigação.

Por exemplo, se você tem uma dívida com o banco X há mais de cinco anos, é provável que o seu nome já não esteja mais em bancos de restrição de crédito, pois a dívida está caduca, mas isso não significa que o banco não poderá entrar em contato com você na tentativa de receber o pagamento.

Como funciona a prescrição?

A prescrição é um termo utilizado pelos profissionais da área jurídica para descrever o momento em que uma parte perde o direito de ajuizar uma ação contra outra parte. Por exemplo, no caso de uma dívida, decorrido o prazo prescricional, o titular do crédito não tem mais o direito de entrar com uma ação judicial contra o devedor exigindo que o mesmo pague a dívida.

Na prática, ela acontece quando a cobrança do débito não é realizada após constatar a inadimplência. Nesse caso, o comunicado de pagamento foi enviado, porém o cliente não pagou.

A partir desse período, a instituição tem um prazo para cobrar ou executar a dívida. Se isso não for feito, a dívida prescreve, e a pessoa não pode ser cobrada judicialmente.

Todas as dívidas têm um prazo para prescrever. Encerrado esse tempo, se o devedor não pagá-la, a parte contrária perde o direito de cobrar o pagamento na justiça.

Não sendo feito o procedimento, a justiça entende que a empresa não tem interesse em receber o que tem direito. Já, se a instituição que ofereceu crédito entrar em ação após a prescrição, o devedor pode negar-se a fazer o pagamento.

Por conta disso, o consumidor que está com o CPF negativado por causa de uma pendência que já prescreveu pode exigir a retirada do seu nome do cadastro de inadimplentes.

Vale lembrar, porém, que a dívida só prescreve quando o credor não faz a cobrança dentro do período disciplinado pela lei.

A partir do momento que ele entra com uma ação na justiça, a prescrição é interrompida durante o período que durar o processo. Portanto, após a entrada com uma ação, a dívida não tem mais prazo para prescrever, ou seja, após o início do processo legal não importa mais quanto tempo demora para prescrever uma dívida, ela não irá mais expirar até o final do mesmo, caso a questão não seja resolvida no próprio processo.

Em quanto tempo uma dívida “caduca”?

Depende do tipo da dívida. De acordo com o art. 205 do Código Civil, a prescrição ocorre, na maioria dos casos, em 10 anos, se o credor não fizer a cobrança do débito. No artigo seguinte, a lei determina uma série de prazos menores. Entre eles estão:

  • um ano para despesas com hospedagem em hotéis ou pousadas;
  • doze meses para dívidas de seguros;
  • dois anos para reclamar de dívidas de pensão alimentícia;
  • três anos para o locador reclamar do inquilino inadimplente;
  • trinta e seis meses no caso de despesas contraídas por meio de empréstimos;
  • cinco anos para despesas que se originam em boletos bancários, no cartão de crédito e cheque especial etc.;
  • sessenta meses no caso de impostos federais, estaduais ou municipais;
  • cinco anos para convênios médicos.

Em quanto tempo o nome entra no SPC ou Serasa?

Antes de inscrever o nome do consumidor em cadastros de restrição de crédito, a empresa credora é obrigada a fazer contatos com o consumidor, informando sobre a existência dívida.

Esse é um dos pré-requisitos para a negativação. Se, depois de recebida a notificação e decorrido o prazo descrito no documento não houver o pagamento do valor devido, a empresa pode fazer a inscrição nos birôs de crédito, como o Serviço de Proteção de Crédito (SPC) e o Serasa.

De forma geral, esse prazo de inscrição costuma ser de 90 dias a contar da data do recebimento da notificação da dívida, entretanto, ele pode variar de acordo com os procedimentos adotados pela instituição credora.

É importante ter em mente que, em eventuais negociações para pagamento da dívida, o devedor pode solicitar a retirada do seu nome desses órgãos. Normalmente isso é feito sempre que o devedor se dispõe a pagar a dívida, mesmo que de forma parcelada.

Após quanto tempo o nome sai do SPC ou Serasa após a dívida caducar?

Segundo o Código de Defesa do Consumidor, o nome do cliente sai dos cadastros dos órgãos de restrição de crédito — como SPC e Serasa — em cinco anos.

O prazo começa a ser contado a partir da data de vencimento da última conta. Caso isso não ocorra, você pode entrar em contato com a empresa que cadastrou o seu nome na lista de restrição de crédito e solicitar a retirada do seu nome da mesma.

No caso de pagamento da dívida, o nome é retirado em até cinco dias úteis após a identificação do pagamento (é preciso lembrar que boletos podem demorar até 3 dias úteis para compensar e haver a baixa no pagamento). Essa regra leva em consideração o uso, por correspondência, do Código de Defesa do Consumidor.

Vale a pena esperar a dívida “caducar”?

Imagine você ficar cinco anos só podendo comprar coisas à vista, não conseguir financiar nada e nem obter empréstimo.

Isso acaba sendo arriscado, porque diversos imprevistos podem acontecer nesse período, e alguns gastos inesperados podem surgir — por exemplo, reparo de carros, geladeira, entre outros. Dessa forma, você correrá o risco de não conseguir crédito caso tenha uma despesa emergencial. Muito embora existam empresas que oferecem crédito para pessoas negativadas, pode não ser tão simples ter acesso a este tipo de crédito.

Além disso, muitas seguradoras, operadoras de telefonia, lojas de eletrodomésticos e instituições financeiras analisam o score de crédito — pontuação de crédito que mede a probabilidade de uma pessoa conseguir honrar ou não os seus compromissos nos próximos 12 meses baseando-se no seu histórico financeiro — antes de aprovar o crédito a uma pessoa.

Desta forma, esperar uma dívida caducar também pode significar que você está deixando que estas pendências financeiras controle a sua dívida. Isso vai dificultar o acesso à algumas necessidades básicas, como citamos anteriormente.

Uma das principais maneiras de reverter a situação é investindo em um bom planejamento financeiro pessoal. O cartão de crédito é um dos grandes vilões de quem tem dificuldade de fazer uma boa gestão das suas contas. Por isso, a nossa dica é que você quite suas obrigações antes de assumir novas dívidas, inclusive aquelas assumidas via compras em cartão de crédito.

Como saber se a dívida caducou?

Uma dívida caduca após um certo período de inadimplência, que é geralmente de cinco anos no Brasil. Quando isso acontece, a empresa credora não pode mais incluir seu nome em órgãos de restrição de crédito, como o SPC e Serasa, devido a essa dívida específica. 

Para saber se sua dívida caducou, você pode fazer o seguinte: 

  1. Consulte seu CPF: A maneira mais simples é verificar a situação do seu CPF. Se a dívida caducou, seu nome não deve mais aparecer nos registros de devedores
  2. Entre em Contato com o Credor: Você também pode entrar em contato com a empresa ou banco que emitiu a dívida e perguntar sobre o status dela. Eles devem informar se a dívida caducou
  3. Consulte um Advogado ou Procon: Se você tiver dúvidas ou suspeitar que a dívida não foi tratada corretamente, pode ser útil consultar um advogado ou entrar em contato com o Procon para obter orientação

Dívida de banco caduca?  

De acordo com o Código Civil, as dívidas bancárias podem ser cobradas judicialmente por até 5 anos. Após esse período, o CPF do devedor não pode mais ser negativado, o que chamamos de “caducar”. 

Mas atenção, a dívida com banco em si não desaparece. Ela continua registrada no sistema da empresa credora e pode ser cobrada. Mesmo com o CPF limpo, o banco não é obrigado a conceder crédito depois que a dívida finalmente caducou nos órgãos de restrição ao crédito. 

Isso ocorre porque o Banco Central mantém um registro completo do histórico financeiro do consumidor, incluindo dívidas antigas, que podem ser consultadas ao solicitar crédito ou empréstimo. 

Então, mesmo após a dívida ter caducado no órgão de restrição ao crédito, as dívidas antigas ainda são consideradas pelo sistema do Banco Central.  


Dívida de cartão de crédito caduca? 

Sim, as dívidas com cartão de crédito também podem caducar. Isso ocorre após cinco anos, quando seu nome é removido dos órgãos de restrição de crédito e fica “limpo” novamente. No entanto, é importante lembrar que mesmo com o nome limpo, a dívida de cartão de crédito ainda existe e pode ser cobrada. Fique de olho! 

Agora que você já sabe quanto tempo uma dívida “caduca”, que tal aprofundar o seu conhecimento sobre o tema? Então confira nosso post sobre a negociação online de dívidas e entenda como ela funciona!

FAQ: Perguntas frequentes

Dívida de energia elétrica caduca?

Como a maioria das dívidas, a dívida de energia elétrica também caduca em 5 anos, mas assim como as outras, elas não somem após serem retiradas do Órgãos de Proteção ao Crédito. O ideal é que você o débito mesmo que ele tenha caducado.  

Depois que a dívida caduca posso ter crédito novamente?

Após se tornar dívida caduca, seu nome pode ser removido dos órgãos de restrição de crédito, o que melhora suas chances de obter crédito novamente, mas seu histórico de inadimplência ainda pode ser considerado por credores ao avaliar seu pedido de crédito. Então o melhor a se fazer é sempre pagar a dívida, mesmo que ela tenha caducado.  

Dívida Nubank caduca?

A regra padrão se aplica às dívidas com o Nubank: elas podem caducar após cinco anos. 

Dívida Carrefour caduca?

Dívidas com o Carrefour também podem caducar após cinco anos de inadimplência, seguindo a regra geral. 

Conta caduca depois de 5 anos?

Em muitos casos, contas inativas podem caducar após cinco anos de inadimplência, mas isso depende da legislação local e das políticas do credor. 

Quanto tempo caduca uma dívida na receita federal?

Uma dívida na Receita Federal caduca após cinco anos. 

Dívida caducada impede financiamento na Caixa?

Dívida caduca não impede necessariamente o financiamento na Caixa, mas pode afetar seu histórico na CAIXA, principalmente se a dívida caducada é da CAIXA. 

 

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