A mensalidade da faculdade apertou? O FIES pode ser uma ótima opção para você! Veja como o programa pode te ajudar a concluir seu curso e garantir um alívio financeiro durante os estudos.

A mensalidade da faculdade apertou? O FIES então pode ser uma ótima opção para te ajudar a concluir o seu curso e garantir um alívio financeiro durante os estudos! Neste post, explicamos tudo sobre o fundo de financiamento estudantil, como conseguir, as etapas para se escrever e se vale ou não a pena contratar.  

O que é FIES?

O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa para financiar cursos de graduação para estudantes. Ele é oferecido pelo Ministério da Educação (MEC) e tem apoio também de Agentes Financeiros, como a CAIXA Econômica e o Banco do Brasil, que ofertam o dinheiro que irá pagar a graduação através do contrato de financiamento.  

Desenvolvido e apoiado pelo Governo Federal, este programa já tem mais de 20 anos e já beneficiou pelo menos 3 milhões de brasileiros.  

Durante seu tempo de existência, o FIES passou por várias alterações nas regras, como por exemplo exigir o ENEM (antigamente não era necessário usar a nota da prova para se inscrever) e também o programa deixou de garantir 100% das mensalidades no financiamento: hoje, com o Novo FIES, o mínimo é 50% e pode sim chegar ao 100%, mas depende da situação financeira e perfil do estudante.  

De toda forma, o FIES ainda é uma boa opção para muitos estudantes, principalmente para aquele que não conseguem pagar toda a mensalidade de um curso, ou não atingiram notas para conseguir bolsa de estudos e PROUNI e ainda para aqueles que escolhem cursos que não existem em faculdades públicas. 

Quando ocorre o FIES?

As inscrições para o FIES acontecem duas vezes por ano, sempre uma vez no primeiro semestre (janeiro ou fevereiro) e também no começo do segundo semestre.  

Fique de olho: o período para inscrição é bem curto. Por exemplo, em 2022 a abertura de inscrições ocorreu no da 26 de janeiro e já finalizou no dia 29, apenas 3 dias após a abertura. Os resultados saíram no dia 03 de fevereiro.  

Confira abaixo também todo o cronograma, com as datas para a continuação do processo.  

Datas FIES 2022 – Primeiro semestre 

  • Período de inscrições: 26 a 29 de Janeiro 
  • Resultados: 03 de Fevereiro 
  • Complementação das informações: 04 a 08 de Fevereiro 
  • Convocação da lista de espera: 04 de fevereiro a 18 de março 

Datas FIES 2022 – Segundo semestre 

  • Período previsto de inscrições: 27 a 30 de julho 

Quem pode se inscrever no FIES?

Os principais requisitos para se inscrever no FIES estão relacionados com a renda do estudante e também com a matrícula em um curso de graduação. Confira todos os detalhes:  

  • Ter concluído o ensino médio 
  • Estar em situação de baixa renda (renda mensal per capita de até um salário mínimo e meio) 
  • Ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), não ter zerado a redação e ter pontuado pelo menos 450 pontos 
  • Não ter concluído uma graduação  
  • Não ser bolsista 
  • Ter um fiador  

Como funciona o financiamento do FIES

O FIES funciona através do auxílio financeiro do Governo Federal, que paga as mensalidades do curso durante os estudos do estudante, e este pode pagar de volta após a conclusão do mesmo.  

Entretanto, para conseguir o contrato do financiamento, é necessário participar da concorrência entre os estudantes. A seleção leva em consideração a nota do ENEM (as notas mais altas mais chances de garantir).  

O que é aditamento do FIES?

O aditamento do FIES é como uma renovação obrigatória do contrato de financiamento, que deve acontecer semestralmente (a cada 6 meses, na virada de semestre nas faculdades). Este processo é feito justamente para validar se o aluno renovou a matrícula e se está em situação regular no curso. 

O processo de aditamento é feito pela CPSA, ou Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento, que convoca pessoas que trabalham na instituição educacional para conferir as informações dos alunos participantes do FIES (são 5 pessoas divididas em 2 representantes da instituição de ensino, duas entidades máximas da instituição e uma que representa os professores).  

Durante o aditamento, também é possível conferir as informações do contrato de financiamento e corrigir dados, se for preciso.  

Após revisão das informações, o CPSA emite um documento chamado DRM (ou Documento de Regularidade de Matrícula), que é assinado pelo presidente da CPSA da instituição.  

Como funciona a seleção do FIES?

Como comentamos, os estudantes que se inscreveram no FIES precisam concorrer a um contrato de financiamento, e aqueles que ganham vantagem são aqueles que tiraram as maiores notas do ENEM. 

Além disso, existem também outras prioridades para escolher os estudantes que terão vantagem nos financiamentos, como por exemplo aqueles que ainda não fizeram cursos superiores.  

A concorrência dos candidatos acontece entre aqueles que optaram pelos mesmos cursos, faculdade, campus e turnos.  

Como fazer a inscrição para o FIES?  

Para iniciar sua inscrição e ver todas as informações e o cronograma, basta entrar no site do Acesso Único MEC, que também disponibiliza o acesso aos programas SISU e PROUNI.  

Não esqueça de conferir se o período para inscrições ainda está aberto, ok? Caso esteja dentro do período, basta seguir os passos que explicamos abaixo.  

Etapa 1: Sistema de Seleção do FIES

Comece fazendo a inscrição no Sistema de Seleção do FIES, através do seu CPF, RG, data de nascimento, e-mail para contato, informações dos sues familiares para conferência de renda, entre outras informações. Será preciso também criar uma senha de acesso. 

Será necessário fazer a validação do seu e-mail: eles enviarão um e-mail com um link de validação.  

Após cadastro, o sistema irá verificar, através do seu CPF e data de nascimento, se você fez o ENEM e se atingiu pelo menos 450 pontos. 

Etapa 2: SISFIES

O SISFIES é o Sistema Informatizado do FIES.  

Caso você seja pré-selecionado para receber o FIES, após o cadastro no Sistema de Seleção, então será necessário acessar o site SISFIES para complementar informações relacionadas ao financiamento que tem interesse em receber, como por exemplo escolher um grupo de até 3 cursos com vagas disponíveis. 

Etapa 3: Validação e Contratação do Financiamento

Depois de complementar os dados no SISFIES e verificar o curso em que conseguiu o financiamento, o estudante tem um prazo de 10 dias para validar as informações com o CPSA, ou Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento, que é formado por um grupo de pessoas que trabalham na instituição educacional escolhida pelo aluno. 

Por fim, após a aprovação e validação do CPSA dos documentos e informações do aluno, é hora de partir para a contratação do financiamento juntamente dos Agentes Financeiros do FIES, que são a CAIXA Econômica Federal e o Banco do Brasil.  

Para isso, é necessário que o estudante também leve seu fiador em um dos bancos citados e então assine o contrato de financiamento. Fique atento, pois o FIES também coloca um prazo limite para finalizar esta fase, ok?  

Como pagar o FIES

O FIES deve ser pago em até 14 anos após a conclusão do curso e suas parcelas devem ser pagas diretamente à instituição financeira escolhida, como a CAIXA ou Banco do Brasil, através da emissão de boletos, que podem ser pagos em agências presenciais, lotéricas, internet banking ou aplicativos dos bancos.  

O período de até 14 anos para pagar o FIES varia de acordo com a renda e capacidade de pagamento do estudante, do curso escolhido e sua duração, número de parcelas e outras informações definidas no contrato do financiamento.  

Faculdades participantes do FIES  

Existem centenas de faculdades e universidades espalhadas no Brasil que oferecem a possibilidade de solicitar o financiamento FIES. Confira algumas abaixo:  

O que é a Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA)? 

Esta comissão é formada por 5 pessoas da instituição de ensino que possuem a responsabilidade de validar as informações do estudante. Ou seja, eles revisam os dados enviados na inscrição do FIES. Além disso, eles também são responsáveis por começar o processo de aditamento de renovação de contratos.

Essas pessoas precisam ser: duas que representam a instituição de ensino, duas entidades máximas da instituição de ensino também e uma que representa o corpo docente da instituição. 

Qual documentação deve ser apresentada pelo estudante à Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA)? 

São necessários os seguintes documentos para apresentar ao CPSA: carteira de identidade (RG), CNH, CPF, carteira de trabalho, comprovante de residência e comprovante de rendimentos. Caso você tenha cônjuge, é importante separar todos estes documentos dele ou dela também.  

A validação desta documentação deve ser feita em 10 dias, que são contados a partir do dia da inscrição (começa no dia seguinte da inscrição ao FIES).  

Após a validação das informações pela CPSA, qual documentação deve ser apresentada pelo estudante à instituição bancária? 

O principal documento que deve ser levado aos agentes financeiros do FIES (como a CAIXA ou Banco do Brasil) para a contratação final do financiamento é o DRI, que é o Documento de Regularidade de Inscrição, que é emitido pelo CPSA.  

Além deste, serão necessários mais documentos do estudante e do fiador também. Veja: 

Aluno: 

  • RG
  • CPF (se for menor de 18 anos, também será necessário o documento do responsável) 
  • Certidão de nascimento ou casamento (se for de casamento, serão necessários também os documentos de identificação do cônjuge) 
  • Comprovante de residência 

Fiador 

  • Os mesmos documentos do aluno e 
  • Comprovante de rendimentos 

Como calcular o percentual de comprometimento da renda? 

Para calcular, será necessário saber primeiro o valor da semestralidade (valor do curso por semestre) já com desconto. Depois, é necessário pegar este valor e dividir por 6, para sabermos quanto é a mensalidade também com desconto.  

Por fim, é hora de dividir o valor da mensalidade pela renda familiar per capita e multiplicar o resultado por 100, para chegar ao percentual do comprometimento de renda.  

Veja o exemplo abaixo: 

  • Valor da semestralidade com desconto: R$3.000,00 
  • Mensalidade com desconto: R$500,00 (3000 ÷ 6) 
  • Renda familiar per capita R$1.212 
  • Percentual do comprometimento: 41% [(R$500 ÷ R$1.212 * 100)] 

Vale a pena financiar seus estudos com o FIES?  

Sim, vale a pena financiar os estudos no FIES, mas só se outras opções 100% gratuitas não fizerem sentido para o estudante ou se ele não tiver acesso a estas, afinal, no financiamento você precisa devolver o dinheiro para os bancos depois da graduação, mas em uma bolsa de estudos ou em uma universidade públicas você não precisará pagar mensalidades e parcelas em nenhum momento.  

Sabemos que a realidade de cada pessoa é bem diferente e existem questões que precisam ser levadas em consideração antes de fazer um contrato de financiamento do FIES. Veja abaixo alguns pontos que levantamos: 

Vantagens do FIES 

  1. Poder fazer um curso que não está disponível em universidades públicas 
  2. Poder cursar a faculdade mesmo não tendo o direito de pedir o PROUNI (seja por renda ou por pontuação do ENEM) 
  3. Ter mais possibilidades de fazer uma graduação e não se preocupar com distância ou concorrência em um curso  
  4. Obter ajuda financeira para fazer a graduação, pois você não tem a renda para pagar integralmente as mensalidades 
  5. Não precisa pagar as parcelas do financiamento durante o curso, ou seja, você pode focar 100% nos estudos 
  6. Possibilidade de fazer a renegociação FIES caso ocorra a inadimplência 

Desvantagens do FIES 

  1. Juros para pagar após a graduação, que aumentam o valor normal das mensalidades da faculdade 
  2. Risco de ficar endividado e com o nome sujo, caso o estudante não consiga pagar o financiamento  
  3. Muitas burocracias e documentações para conseguir o financiamento 
  4. É preciso comprovar uma renda baixa para conseguir o financiamento  
  5. Para manter financiamento até o fim do curso, é preciso passar pelos aditamentos semestrais 
  6. Começar a pagar o financiamento imediatamente após a conclusão do curso. Então se você não estiver no mercado de trabalho quando se formar, pode se tornar mais difícil a quitação da dívida

Por fim, nossa dica final é que você faça várias simulações do financiamento, conheça os juros e as cobranças feitas no contrato, confira seu orçamento mensal, veja em sites como o Glassdoor qual o salário dos profissionais formados no curso que você escolheu, veja as opções de graduações com bolsas de estudos 100% gratuitas e universidades públicas, e analise toda a oportunidade de forma geral.  

Lembre-se que ao contrair a dívida do financiamento, você precisa se comprometer com os pagamentos mensais e podem levar anos para chegar no dia da quitação do FIES.  

Fique de olho, estude bastante as opções e faça a escolha que mais se encaixa e que faz mais sentido para a sua vida, ok?  

FAQ: Perguntas frequentes

Preciso do ENEM para fazer o FIES? 

Sim, fazer o ENEM é uma das obrigatoriedades para se inscrever no FIES. É necessário ter feito também, pelo menos, 450 pontos na prova e não ter tirado zero na redação.

O FIES funciona para todos os cursos? 

O financiamento FIES pode ser aplicado em cursos presenciais com conceito maior ou igual a 3 no SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior).  

Para verificar se o seu curso tem esta pontuação, todos os anos o FIES divulga a lista de cursos e universalidades participantes. 

Qual a taxa de juros do FIES? 

Em 2022, a taxa de juros do FIES ficou em 6,5% ao ano, prazo de carência de 18 meses (ou 1 ano e meio) e o período de amortização de até 3 vezes o tempo de permanência na condição de financiado. 

Existe um percentual mínimo de financiamento pelo FIES? 

Existe sim um percentual mínimo par financiamento, e ele é de 50% do valor das mensalidades e custos cobrados pela instituição educacional. O percentual máximo é 100%.  

Este percentual é definido de acordo com a renda do estudante e capacidade de pagamento.  

O que é o Novo FIES?

O novo FIES apresenta as alterações na seleção dos estudantes que irão receber a ajuda do programa de financiamento estudantil.

Antes, as regras do FIES eram mais unificadas e simples, e atualmente o novo FIES definiu que a porcentagem dos valores financiados mudam de acordo com as condições financeiras dos alunos e a renda familiar per capita, beneficiando assim quem mais precisa.

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